Um novo estudo publicado na revista Obesity Science and Practice reforça a importância de reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados para a saúde física e mental. Os pesquisadores mostraram que, ao cortar pela metade a ingestão desses produtos, os participantes experimentaram mudanças significativas em apenas oito semanas, incluindo perda de peso, aumento de energia e uma melhora geral no bem-estar. Esses resultados evidenciam como pequenas mudanças nos hábitos alimentares podem ter um impacto profundo no corpo e na mente.

Os alimentos ultraprocessados, muito presentes na dieta moderna, são caracterizados por serem altamente industrializados e ricos em ingredientes artificiais, como conservantes, corantes e açúcares adicionados. Por sua conveniência e sabor atrativo, eles acabam representando uma grande parte do que consumimos diariamente, apesar dos riscos à saúde. Compreender os efeitos dessa categoria alimentar e como reduzir seu consumo é fundamental para quem busca mais qualidade de vida e prevenção de doenças crônicas.

• Lanches industrializados (salgadinhos, biscoitos, doces)
• Embutidos (salsichas, presunto, salame)
• Pratos congelados prontos
• Sopas instantâneas
• Bebidas açucaradas

Esses itens geralmente contêm altas quantidades de açúcar, gorduras saturadas e sódio, além de aditivos artificiais como conservantes, corantes e aromatizantes — tudo isso com baixo valor nutricional.

O que o estudo revelou?

Durante o estudo, 14 adultos seguiram um programa de oito semanas com foco em reduzir o consumo de ultraprocessados. Eles participaram de sessões educativas, receberam orientações sobre planejamento de refeições e estratégias para lidar com desejos alimentares, além de dicas para manter um ambiente doméstico mais saudável.

Principais resultados observados:

• Perda média de 3,4 kg
• Redução de 600 calorias diárias
• Queda de 50% no consumo de açúcar
• Diminuição de 37% nas gorduras saturadas e 28% no sódio
• Aumento da disposição, melhora no humor, pele mais saudável e menos inchaço

O estudo destaca que, mesmo com a predominância dos ultraprocessados na alimentação moderna, mudanças sustentadas são viáveis com apoio e informação adequados.

Por que evitar ultraprocessados é tão importante?

Diversas pesquisas já relacionam o alto consumo desses alimentos ao maior risco de doenças crônicas, como:

• Problemas cardiovasculares
• Diabetes tipo 2
• Câncer colorretal
• Distúrbios de humor, como ansiedade e depressão
• Maior risco de morte prematura

Reduzir a ingestão de ultraprocessados pode proteger a saúde mental, prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida.

Como diminuir o consumo no dia a dia?

Eliminar completamente os ultraprocessados pode não ser fácil, já que eles são práticos e muitas vezes mais baratos. No entanto, algumas estratégias simples podem ajudar:

• Opte por alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, legumes, grãos, castanhas e carnes frescas
• Cozinhe mais em casa, garantindo controle sobre os ingredientes
• Planeje as refeições para evitar decisões impulsivas
• Leia os rótulos e desconfie de listas longas com nomes desconhecidos
• Mantenha-se hidratado, evitando confundir sede com fome
• Faça trocas inteligentes, como trocar refrigerantes por água com gás e biscoitos por frutas secas

Mesmo pequenas mudanças, como reduzir pela metade o consumo de alimentos ultraprocessados, podem trazer resultados surpreendentes em pouco tempo. Mais energia, melhor humor, menos inflamação e perda de peso são apenas alguns dos benefícios. O segredo está em fazer escolhas conscientes, com foco em alimentos naturais, e buscar um estilo de vida mais equilibrado.