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Trilha leva ao amanhecer mais incrível do Brasil

Imagine sair de madrugada, com lanterna na mão, atravessando trilhas silenciosas e grutas misteriosas, até chegar ao topo de uma montanha com mais de 1.700 metros de altitude e contemplar o sol surgindo entre vales e nuvens. Essa é a proposta da nova experiência oferecida pelo Parque Estadual do Ibitipoca, em Minas Gerais.
A caminhada noturna até o Pico do Pião é oferecida até o fim de agosto, período em que o céu limpo do inverno favorece vistas deslumbrantes da Serra da Mantiqueira.
A saída acontece entre 3h30 e 5h, com acompanhamento obrigatório de guia credenciado e vagas limitadas a 15 pessoas por grupo, garantindo segurança e preservação ambiental. A aventura é limitada a apenas 15 participantes por grupo.
Para participar, é preciso fazer reserva com antecedência e adquirir o estacionamento previamente, já que a bilheteria do parque permanece fechada durante os horários de saída da trilha. Os ingressos custam R$ 32,00.
Circuito do Pião: beleza e contemplação em cada passo
A trilha percorre o Circuito do Pião, um dos três roteiros principais do parque. São cerca de 10 km (ida e volta) de nível moderado, com paisagens que misturam campos rupestres, grutas, cachoeiras e mirantes.
Embora menos exigente fisicamente que o Circuito da Janela do Céu, ele oferece uma experiência rica em beleza cênica e espiritualidade. As grutas espalhadas ao longo do trajeto — muitas com formações curiosas e passagens estreitas —ajudam a compor o ambiente silencioso e místico que caracteriza esse trecho do parque.

A caminhada noturna, em especial, amplifica essa sensação de conexão com a natureza e com o próprio tempo.
Ao chegar ao topo, os visitantes encontram as ruínas da Capela Senhor Bom Jesus da Serra, construída em 1932. O local funciona como mirante e ponto de descanso, onde os primeiros raios de sol encontram os olhos dos aventureiros que venceram a subida. É um momento de pausa, silêncio e beleza, difícil de descrever em palavras —talvez por isso esteja se tornando uma das experiências mais comentadas da temporada.

Vale destacar que, embora a trilha tenha grau de dificuldade moderado, é fundamental estar preparado. Roupas térmicas, calçado apropriado, lanterna de cabeça, lanche leve e água são itens indispensáveis. A caminhada é feita em total escuridão, acompanhada apenas pelo som das folhas, do vento e —com sorte— de algum animal que circula pelas matas durante a madrugada.
Três circuitos, infinitas paisagens
O Parque Estadual do Ibitipoca tem cerca de 1.500 hectares e altitudes que variam entre 1.050 e 1.780 metros. Situado no município de Lima Duarte, o parque é uma das áreas protegidas mais visitadas de Minas Gerais e reúne atrativos para todos os perfis de viajantes.
Os circuitos são bem sinalizados e oferecem estrutura básica para trilhas autoguiadas ou com acompanhamento especializado.
O mais famoso deles é o Circuito da Janela do Céu, que percorre 16 km e leva à icônica formação rochosa que se tornou uma das imagens mais conhecidas do ecoturismo brasileiro. A queda d’água que se debruça sobre a moldura natural, aliada ao mirante que a acompanha, garante uma vista panorâmica de tirar o fôlego. O caminho é exigente, mas a recompensa compensa cada passo.

Já o Circuito das Águas é ideal para quem deseja uma experiência mais tranquila. Com 5 km de trilhas leves, ele passa por poços e pequenas quedas d’água cristalinas, como o Lago dos Espelhos, o Poço da Pedra Quadrada, o Rio do Salto e o Poço das Fadas. É o percurso mais acessível do parque, excelente para famílias e quem busca contato com a natureza de forma relaxante.
O Circuito do Pião é ideal ara quem busca trilhas mais tranquilas, mas repletas de belezas naturais e formações geológicas. O Monjolinho e as grutas ao longo do percurso reforçam o caráter místico e contemplativo do local. O circuito é circular, com diversos pontos de parada.
Importante lembrar que o Parque Estadual do Ibitipoca possui capacidade limitada de 1.000 visitantes/dia e o Circuito Janela do Céu de 240 visitantes/dia. Não será permitida a compra de ingressos e consequente entrada no parque atingida a capacidade de visitantes.