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Trânsito intenso pode afetar seu cérebro mais do que você imagina

Trânsito intenso pode afetar seu cérebro mais do que você imagina
Publicado em 15/06/2025 às 23:34

Estudo global revela como o ambiente urbano pode afetar silenciosamente a saúde mental a longo prazo. – Martin Philip/istock

Um novo estudo científico trouxe à tona um fator surpreendente que pode elevar significativamente o risco de Alzheimer: morar perto de vias com tráfego intenso. A pesquisa, conduzida por cientistas da China e do Reino Unido, mostrou que a exposição constante à poluição do ar gerada por veículos está associada a alterações estruturais no cérebro, mesmo antes dos primeiros sintomas da doença aparecerem.

A investigação foi publicada na respeitada revista Science Partner e analisou dados de mais de 460 mil pessoas ao longo de quase 13 anos. Os resultados indicam que viver próximo ao tráfego urbano pode não só aumentar o risco de demência, como também provocar mudanças em regiões cerebrais sensíveis ao Alzheimer.

Poluição atmosférica se mostra fator decisivo no surgimento precoce de alterações cerebrais ligadas ao Alzheimer.
Poluição atmosférica se mostra fator decisivo no surgimento precoce de alterações cerebrais ligadas ao Alzheimer. – Getty Images

Poluição do ar, e não sonora, é a principal vilã

O estudo avaliou diferentes tipos de exposição ambiental, incluindo o ruído do tráfego. No entanto, ao contrário do que se imaginava, o barulho urbano não foi associado ao aumento de casos de demência. Já os poluentes atmosféricos, como o dióxido de nitrogênio e as partículas finas PM2,5, demonstraram forte correlação com a redução do volume cerebral em áreas críticas para o desenvolvimento do Alzheimer.

As análises incluíram exames de ressonância magnética cerebral e controle de fatores genéticos, garantindo a robustez dos dados. Os pesquisadores afirmam que as alterações observadas ocorrem na fase pré-clínica da doença, o que pode abrir novas portas para estratégias de prevenção e políticas públicas mais eficazes contra a poluição urbana.

 

Conheça os primeiros sinais da doença

Esquecimentos frequentes, confusão com datas e dificuldades em tarefas rotineiras podem ser os primeiros sinais do Alzheimer. Identificar precocemente os sintomas é essencial para retardar o avanço da doença. Atenção a mudanças sutis no comportamento pode fazer toda a diferença no diagnóstico e tratamento eficaz. Clique aqui para saber mais.