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Quer ver neve sem ter que sair do Brasil? Vá a essas quatro cidades

Quer ver neve sem ter que sair do Brasil? Vá a essas quatro cidades
Publicado em 01/06/2025 às 21:17

Todo ano, entre junho e agosto, a dança de massas polares sobre o Sul do país faz muita gente trocar a praia por luvas e gorro. Basta umidade na medida certa, temperaturas perto de zero e… pronto, lá vêm os floquinhos de neve.

Viajar em busca de neve virou hobby nacional 00e, convenhamos, dá um prazer único postar aquela foto com o telhado branquinho sem precisar encarar imigração.

Serras Gaúcha e Catarinense são destinos ideais para quem quer ver neve Brasil – Divulgação

A sorte, porém, favorece os bem-informados: conhecer os lugares onde o fenômeno é mais provável (e ter um “plano B” de passeios caso ela falhe) é meio caminho para uma trip sem frustração.

A seguir, quatro cidades onde a neve costuma dar as caras. Todas ficam acima dos mil metros de altitude, têm boa infraestrutura para o inverno e oferecem paisagens dignas de cartão-postal mesmo quando o céu não colabora.

Neve no Brasil quatro cidades onde ela pode cair no inverno

São Joaquim (SC) — a clássica da Serra

Com vinhedos de altitude, maçãs premiadas e o onipresente Caminhos da Neve, São Joaquim é o destino mais famoso quando o assunto é floco de gelo. Em agosto de 2024, a cidade viu nevar logo depois do pôr-do-sol, enchendo de turistas a Rua do Centenário e as vinícolas da SC-114.

Quando ir

Julho e agosto concentram as ocorrências recentes, mas junho também registra episódios leves. Programe duas ou três noites para aumentar suas chances.

O que fazer se a neve não vier?

Degustar rótulos na Villa Francioni, provar truta defumada no mercado de produtores locais e percorrer a Rota da Cerveja Artesanal. Troque o casaco por capa de chuva se for encarar a Serra do Rio do Rastro.

Urupema (SC) — a capital nacional do frio

Pequenina (apenas 2,6 mil habitantes) e a 1 425 m de altitude, Urupema carimbou em lei o título de “Capital Nacional do Frio”. A prefeitura conta em média cinco episódios de neve e 50 geadas por ano — números que explicam o sucesso das pousadas em julho.

Quando ir

Fique de olho em alertas da Defesa Civil catarinense. Se a previsão indicar madrugada abaixo de 0 °C, corra para o Morro das Torres: dali se vê o sincelo, aquele nevoeiro que congela em agulhas de gelo.

O que fazer se a neve não vier?

Visite a Cascata que Congela — ela faz jus ao nome em ondas de frio intenso. À noite, um fondue na avenida principal compensa qualquer ausência de floquinhos.

Urubici (SC) — Morro da Igreja emoldurado de branco

Neve em Urubici, Santa Catarina
Neve em Urubici, Santa Catarina – YES BRASIL/istock

Foi em Urubici que o termômetro brasileiro desabou a -17,8 °C em 1996 — recorde imbatível. No alto do Morro da Igreja (1 828 m), a neve costuma chegar primeiro, criando cenas quase patagônicas. Trilhas curtas levam a mirantes com vista do paredão do Corvo Branco e de cachoeiras parcialmente congeladas.

Quando ir

Maio a setembro é alta temporada. Julho reúne mais relatos, mas junho entrega preços ligeiramente menores.

O que fazer se a neve não vier?

Explore a Cascata do Avencal, passe no Mercado Público Cheiro da Serra para comprar pinhão e mel de altitude e termine o dia sob as mantas de micro-fleece de um chalé com lareira.

São José dos Ausentes (RS) — os cânions cobertos de branco

Quer sentir que descobriu um segredo? Vá a São José dos Ausentes. A 1.200 m, o município mais alto do Rio Grande do Sul vê neve fraca quase todo inverno, principalmente no Pico do Monte Negro, ponto culminante do estado (1.403 m).

Quando ir

Julho e agosto são o auge. Em 2024, flocos apareceram em duas madrugadas de julho, segundo a MetSul. As pousadas rurais fecham pacotes que incluem cavalgadas pelos campos de cima da serra.

O que fazer se a neve não vier?

Percorra as trilhas em fazendas particulares — são rotas curtas, mas cheias de araucárias e cachoeiras. Nos cânions Amola Faca e Boa Vista, a borda oferece vistas dramáticas mesmo sem o branco.