Medicina de Precisão na Cicatrização deFeridas Complexas e Salvamento Funcional de Membros.

Prof. Dr. Fábio Batista.
Médico Cirurgião Ortopedista. Diretor/Presidente do TOPS – Centro médico de tratamento do pé diabético e Salvamento de membros em feridas complexas/ Medicina Ortopédica especializada.
O aparelho locomotor do indivíduo com Diabetes comumente é sede de entidades clínicas importantes, as quais podem levar o indivíduo a grandes alterações funcionais, além de significativo prejuízo em sua qualidade de vida. O envolvimento musculoesquelético no portador de diabetes se dá por efeitos diretos
ou indiretos, sejam eles, neuropáticos, inflamatórios, metabólicos, infecciosos, imunomediados, circulatórios ou traumáticos.
O Pé Diabético, mais do que uma complicação do diabetes, deve ser considerado como uma situação clínica bastante complexa que pode acometer os pés e tornozelos de indivíduos portadores de Diabetes
Mellitus; assim, pode reunir comemorativos clínicos característicos e em graus variados, isoladamente ou em conjunto, tais como a perda da sensibilidade protetora dos pés, a presença de úlceras em diferentes
estágios evolutivos, deformidades, infecções, amputações e também o comprometimento vascular periférico.
De uma forma geral, as feridas necessitam ser classificadas de acordo com vários parâmetros, a fim de uma uniformização de linguagem, bem como um melhor direcionamento para abordagem terapêutica mais adequada.
Entre os parâmetros importantes para a melhor descrição da lesão merecem destaque:
1. Causa da ferida: traumática (agentes mecânicos, físicos ou químicos), cirúrgica ou patológica (com fundo etiológico e características intrínsecas relacionadas a uma doença de base – ex: úlcera neuropática diabética).
2. Espessura: espessura total ou parcial: relaciona-se com a perda tecidual e profundidade da lesão.
3. Contaminação: ferida limpa (“cirurgia ortopédica”), contaminada (úlcera de estase venosa) ou infectada (úlcera diabética complicada com infecção óssea).
4. Tipo de cicatrização: primária (sutura), primária retardada (aproximação das bordas de uma lesão já em fases de cicatrização) e por segunda intenção (ferida que cicatriza espontaneamente).
5. Tempo de cicatrização: aguda (quando cicatriza em período de até 4 semanas) e crônica (acima de 4 semanas).
6. Leito da ferida: granulação, esfacelo, necrose seca, epitelizado.
7. Exsudato: sanguinolento, seroso, purulento, fétido.
8. Forma: plana, cavitária, geométrica.
9. Presença de fístula: superficial, profunda, visceral (biliar, óssea, urinária,…).
10. Patógeno: presença ou ausência de cultura e antibiogramespecífico para germe identificado.
A cicatrização de Feridas consiste em uma seqüência de eventos celulares e moleculares que interagem entre si, proporcionando uma completa restauração tecidual.
É divida didaticamente em fases evolutivas:
- Coagulação e Inflamação: Levam geralmente 48 – 72 horas.
- Proliferação: Pode levar semanas.
- Contração e Remodelação: Podem levar meses ou anos. Fatores que podem interferir com uma cicatrização saudável devem ser lembrados. Entre eles, estão os fatores locais ( técnica cirúrgica
inapropriada, dimensão da ferida, temperatura local, ph, tipo de tecido, grau de contaminação, uso de agentes tópicos inadequados ) e os fatores sistêmicos (estado nutricional, presença de doenças
crônicas, tabagismo, alcoolismo, uso de medicamentos de forma indevida, e outros).
A prevalência global de Diabetes em 1996 era de 120 milhões de pessoas. Estima-se uma previsão de alcançar 783 milhões de indivíduos em 2045.
As úlceras nos pés e as amputações dos membros inferiores são complicações muito graves e de alto custo para o paciente e para a sociedade, estando associadas freqüentemente à alta morbimortalidade e elevadas taxas de recorrência. As feridas complicadas requerem diagnóstico e manejo especializados, realizados por médico cirurgião de pé e tornozelo treinado, capacitado e familiarizado com a abordagem do pé diabético.
Em relação ao tratamento tópico, existem inúmeras propostas que variam desde antimicrobianos e cicatrizantes até o uso de fatores de crescimento e substitutos biológicos de pele. O importante é a equipe compreender os princípios de tratamento avançado de feridas, onde é necessário uma análise cuidadosa não só da lesão mas sim, do paciente como um todo.
Assim é possível oferecer agentes locais (“cobertura ativa primária”) que possam interagir de acordo com o que a ferida está “pedindo”, proporcionando então condições mais favoráveis para a otimização cicatricial.
Pode-se concluir que a abordagem especializada na Prevenção e Tratamento Avançado do Pé Diabético e de Feridas Complexas, visando um bom controle metabólico do Diabetes, cuidados locais por meio de técnicas avançadas de tratamento da ferida, proteção e descarga, novas intervenções cirúrgicas (preventivas e minimamente invasivas, reconstrutivas, urgências e emergências) e eventual administração de antimicrobianos específicos, devem fazer parte do arsenal terapêutico global visando a recuperação anatomofuncional do seguimento afetado.
“Não espere dar errado!! Busque SEMPRE por orientações e cuidados de seu Médico Especialista.“
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