Hepcidina pode ser a chave para tratar a psoríase.

Hepcidina pode ser a chave para tratar a psoríase.
Publicado em 28/04/2025 às 9:06

A vitamina D pode ser aliada importante no controle da psoríase, mas deve ser administrada com cautela e orientação médica. – iStock/helivideo

Pesquisadores britânicos identificam a hepcidina como possível gatilho da doença de pele, o que pode revolucionar o tratamento da psoríase.

Nova perspectiva sobre a psoríase

A psoríase é uma condição inflamatória crônica da pele, não contagiosa, que afeta milhões de pessoas no mundo. Com sintomas como lesões avermelhadas, escamas, coceira intensa e dores articulares, a doença compromete significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Agora, um estudo da Universidade de Bath, no Reino Unido, publicado na revista Nature Communications, propõe uma nova explicação para a origem da psoríase. Os cientistas descobriram que a hepcidina, hormônio responsável por controlar os níveis de ferro no corpo, também é produzida na pele de pessoas com psoríase — diferentemente de pessoas saudáveis, que a produzem apenas no fígado.

Segundo os pesquisadores, essa produção extra de hepcidina leva ao acúmulo de ferro na pele, o que desencadeia uma superprodução de células cutâneas e um aumento significativo de neutrófilos — células do sistema imunológico relacionadas à inflamação. Essa resposta exagerada pode estar diretamente ligada ao desenvolvimento da psoríase.

Tratamento da psoríase pode ganhar novo aliado

Com base nessa descoberta, os cientistas sugerem que o controle da hepcidina pode se tornar um novo alvo terapêutico para a psoríase. Essa estratégia poderia complementar os tratamentos já existentes ou mesmo ser usada como forma de prevenção durante períodos de remissão da doença.

Charareh Pourzand, um dos autores da pesquisa, afirmou que essa abordagem inovadora tem o potencial de oferecer alívio significativo aos pacientes e melhorar sua autoestima e bem-estar.

Apesar do avanço, especialistas reforçam que fatores genéticos continuam desempenhando um papel importante no surgimento da psoríase. Pessoas com histórico familiar da doença tendem a apresentar os sintomas mais cedo. No Brasil, cerca de 1,3% da população é afetada pela condição, embora essa taxa varie entre as regiões.

Sintomas mais comuns da psoríase incluem:

  • Lesões vermelhas com escamas;
  • Coceira intensa e incômoda;
  • Bolhas de pus nas mãos e pés;
  • Unhas deformadas e espessas;
  • Dores articulares e rigidez;
  • Couro cabeludo com descamação;
  • Pele ressecada, com tendência a rachaduras e sangramentos.

 

 

Gatilho para as crises de psoríase

Estresse, infecções, medicamentos e mudanças climáticas são gatilhos frequentes para as crises de psoríase. Especialistas alertam para a importância do controle emocional e acompanhamento médico. Identificar e evitar fatores desencadeantes pode reduzir surtos e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com a doença autoimune crônica. Clique aqui para saber mais,