Muitos acreditam que o alecrim, além de ser um tempero comum, pode também melhorar a memória e a clareza mental — especialmente quando seu aroma é inalado. Essa ideia ganhou força após pesquisas que investigaram os efeitos do óleo essencial de alecrim na função cerebral.

O alecrim (Rosmarinus officinalis) é uma planta perene, reconhecida pelas suas folhas finas e pontiagudas, muito usada na culinária devido ao seu sabor levemente amargo. Além de realçar o sabor dos pratos, o alecrim tem sido estudado por suas propriedades que influenciam o funcionamento do cérebro.

Estudo sobre o aroma e a memória prospectiva

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Northumbria, no Reino Unido, examinou o impacto do aroma do alecrim na memória prospectiva — a habilidade de lembrar de eventos futuros ou tarefas a serem cumpridas, como lembrar de tomar um remédio ou enviar um cartão de aniversário.

Nesse estudo, 66 participantes foram divididos aleatoriamente entre duas salas: uma com o aroma de óleo essencial de alecrim difundido no ambiente e outra sem aroma algum. Antes de começarem os testes, o difusor foi ligado por cinco minutos para impregnar o espaço com o cheiro da planta.

Como foi o teste?

Os participantes realizaram tarefas que avaliavam sua memória prospectiva, como esconder objetos para encontrá-los depois e lembrar de entregar itens em momentos específicos, tudo sem qualquer tipo de ajuda externa.

Além disso, responderam a questionários sobre o humor e tiveram amostras de sangue coletadas para medir a presença do composto 1,8-cineol, conhecido por atuar nos sistemas cerebrais relacionados à memória.

Resultados promissores

Os voluntários expostos ao aroma de alecrim apresentaram desempenho superior nas tarefas de memória prospectiva em comparação com aqueles que estavam no ambiente sem cheiro. A análise do sangue confirmou níveis significativamente maiores de 1,8-cineol no grupo que inalou o aroma.

Os pesquisadores destacaram que esses resultados podem abrir caminhos para tratamentos que ajudem pessoas saudáveis a melhorar a memória. Contudo, alertaram para a necessidade de mais estudos, especialmente para verificar a eficácia dessa abordagem em adultos mais velhos que enfrentam declínios cognitivos.