Amputação e Diabetes.

Amputação e Diabetes.
Publicado em 28/05/2025 às 8:22

Prof. Dr. Fábio Batista.
Médico Cirurgião Ortopedista. Diretor/Presidente do TOPS – Centro médico de tratamento do pé diabético e Salvamento de membros em feridas complexas/ Medicina Ortopédica especializada.

Apesar de fazermos um trabalho intensivo voltado ao salvamento funcional da extremidade que apresenta uma ferida complexa, lançando mãos de recursos técnicos e acadêmicos baseados em evidência, como a educação do paciente, a identificação do risco, a categorização clínica, o tratamento avançado das feridas complexas, a intervenção cirúrgica especializada e o aparelhamento individualizado, não raro, nos deparamos com cenários clínicos que nos levam a indicar e executar com rigor, a ablação de um membro. 

Entre as causas das amputações de membros inferiores, destaca-se como a mais prevalente, a complicação podal do Diabetes Mellitus oriunda da neuropatia periférica e das deformidades osteo-articulares não corrigidas (3 amputações/minuto e 85% delas precedidas por úlceras), enquanto que para a extremidade superior, as causas traumáticas e tumorais assumem as ocorrências mais comuns.

A maior problemática envolvendo as amputações acima do tornozelo das pessoas com Diabetes, vão muito além de novos aspectos físicos, emocionais, econômicos e dificuldades com o processo de reabilitação. 

Estudos demonstram que 75% dos pacientes com Diabetes tipo 2 de longa duração que evoluíram para uma amputação maior, apresentam sobrevida de 5 anos. Essa sobrevida diminui para 2 anos, se esse mesmo paciente, ainda estiver em seu quadro clínico, uma função renal bastante prejudicada.

A amputação precisa ser encarada como um procedimento altamente especializado, que deve requerer do Ortopedista Especializado nesta problemática, familiaridade com os conceitos de amputação fisiológica, coto anatômico-funcional, habilidade técnica, envolvimento com todo o processo reabilitador e acompanhamento evolutivo das soluções protéticas disponíveis. 

O produto final de uma amputação ou desarticulação é denominado coto. O coto deve ser considerado como um novo órgão, que deve reunir características anatômicas e funcionais ótimas, visando o bem estar geral, independente da etiologia da amputação ou do grau de independência do indivíduo. 

Finalmente, devemos lembrar sempre da máxima: “Reabilitar o amputado diabético SEMPRE, protetizá-lo, sempre que possível.”

Situações como Depressão, Cardiopatia grave, Estado clínico geral debilitado, Doenças psiquiátricas, Desmotivação, Baixa autoestima, Baixo nível sócio-econômico, Coto não funcional, entre outras, podem ser condições que venham a inviabilizar, temporária ou definitivamente, a protetização do amputado, e devem, portanto, serem consideradas dentro de um Programa de Reabilitação Integral.

Não espere dar errado!!

Busque SEMPRE por orientações e cuidados de seu Médico Especialista.

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