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A praia que parece mentira no Saco do Mamanguá (mas é real e você pode ir)

A praia que parece mentira no Saco do Mamanguá (mas é real e você pode ir)
Publicado em 17/06/2025 às 5:43

Paraty tem muita coisa bonita, mas nada se compara à paz que se sente de frente para o mar calmo do Saco do Mamanguá. A praia ali não tem ambulante, não tem som alto e nem sombra de comércio.

Saco do Mamanguá, Rio de Janeiro – Reprodução/Instagram @saco_do_mamangua

É você, o mar, o vento e talvez uma canoa passando bem devagar. As dicas desta experiência são baseadas nas informações reunidas pela Catraca Livre.

Não espere nada parecido com as praias urbanas. No Mamanguá, a ideia é não ter pressa, não ter sinal de celular e não ter distração. A praia não é famosa entre turistas apressados — e isso é exatamente o que a torna tão diferente de tudo.

O que esperar da praia do Saco do Mamanguá

A praia principal do Mamanguá é larga, com areia mais grossa, mar transparente e poucos barcos atracados. Fica entre comunidades ribeirinhas e casas simples de moradores locais.

É o tipo de lugar onde você caminha sem chinelo, sente cheiro de mato no vento e escuta conversa de passarinho. Algumas canoas encostadas lembram que a vida ali gira num ritmo próprio, sem necessidade de pressa.

Você pode nadar tranquilamente, já que o mar é raso e sem ondas. Ideal pra quem quer entrar na água com calma ou relaxar boiando sem se preocupar.

Trilha para Jamanta – Saco do Mamanguá.
Trilha para Jamanta – Saco do Mamanguá. – Adriane A Medeiros/WIki Commons

Como chegar até essa praia

O acesso é exclusivamente por barco. A forma mais comum de chegar é partindo da Praia de Paraty-Mirim. Lá, há barqueiros que fazem o trajeto até o Mamanguá.

A viagem leva cerca de 30 minutos e já faz parte da experiência, com paisagens lindas pelo caminho. Quanto mais cedo você for, mais silenciosa estará a praia.

Não há píer sofisticado. Você salta direto na areia. Algumas embarcações também partem do cais de Paraty, mas a rota costuma ser mais longa.

Não vá esperando estrutura (e isso é ótimo)

Não tem barraca, não tem ducha, não tem sinal de celular. Isso não é falha — é proposta. Você vai precisar levar tudo: água, comida, toalha, protetor, saco de lixo.

Algumas casas oferecem hospedagem rústica, com refeições feitas pelos próprios moradores. É o tipo de turismo que respeita o ritmo local.

Durante o dia, é comum ver famílias locais pescando ou cuidando das hortas. E à noite, o céu abre em estrelas — sem poluição luminosa.

O que fazer na praia do Mamanguá

Deitar na areia, nadar no mar, sentar numa pedra e olhar o horizonte. Simples assim. Essa praia não é sobre atividades, é sobre parar. E isso, hoje em dia, já é muita coisa.

Se quiser se movimentar, dá pra alugar caiaque com moradores ou combinar passeios de canoa. Mas o melhor mesmo é fazer pouco e sentir muito.

Leve um livro, escute música com fone, ou apenas observe as mudanças de luz durante o dia. O tempo no Mamanguá se estica com prazer.

Melhor época para visitar

Evite o verão muito chuvoso ou os feriados prolongados. O melhor período é entre abril e julho, quando o tempo está firme e os dias são frescos.

Mesmo nos meses mais visitados, a praia ainda mantém o clima de sossego. Raramente há aglomeração ou movimento excessivo.

Se puder, passe ao menos uma noite por lá. Ver o céu mudando de cor do Mamanguá é uma daquelas memórias que ficam na gaveta boa da cabeça.

Dica final: vá devagar e com respeito

A praia do Mamanguá é usada também por famílias locais. Evite som alto, não deixe lixo e respeite o espaço das pessoas que vivem ali.

O que faz esse lugar ser tão especial é justamente o que ele não tem. E quanto mais isso for preservado, melhor será pra quem ainda vai chegar.

Então leve tudo o que precisa, mas deixe tudo como encontrou. Porque ali, no Mamanguá, a praia não é cenário. É presença.