A perda de olfato pode ser o primeiro sinal do Parkinson

A perda de olfato pode ser o primeiro sinal do Parkinson
Publicado em 05/06/2025 às 7:14

O rosto mascarado pode gerar mal-entendidos e isolamento social. – iSTock/Jacob Wackerhausen

Embora o tremor nas mãos seja o sinal mais associado à doença de Parkinson, especialistas vêm chamando atenção para uma manifestação precoce e muitas vezes ignorada: a perda do olfato, conhecida como anosmia. De acordo com a Parkinson’s UK, até 95% dos pacientes relatam alterações na percepção de cheiros antes mesmo de surgirem os sintomas motores típicos.

O sistema de saúde britânico (NHS) reforça que essa condição pode se manifestar anos antes do diagnóstico oficial, tornando-se uma peça-chave na identificação precoce do Parkinson — ainda que muitas vezes passe despercebida tanto por pacientes quanto por médicos.

Pesquisadores destacam que a redução de golpes na cabeça pode diminuir a incidência de Parkinson.
Pesquisadores destacam que a redução de golpes na cabeça pode diminuir a incidência de Parkinson. – iSTock/Chainarong Prasertthai

Impactos além do nariz

A anosmia não apenas interfere na capacidade de sentir cheiros, como também compromete o sabor dos alimentos, o prazer nas refeições, e até mesmo a segurança pessoal, já que dificulta a percepção de odores perigosos como fumaça ou gás de cozinha. O sintoma também não responde aos tratamentos convencionais para Parkinson, tornando-se um desafio adicional no cuidado com os pacientes.

Além da perda de olfato, o Parkinson pode apresentar mais de 40 sintomas diferentes, com manifestações que variam significativamente de pessoa para pessoa. Veja alguns dos principais:

Sintomas motores:

  • Tremores: geralmente nas mãos, de forma involuntária.
  • Rigidez muscular: causa dores e dificuldade para se mover.
  • Bradicinesia: lentidão nos movimentos, dificultando o dia a dia.
  • Instabilidade postural: aumenta o risco de quedas.
  • Congelamento da marcha: sensação de “ficar preso” ao caminhar.

Sintomas não motores:

  • Anosmia (perda de olfato) – pode anteceder os tremores.
  • Distúrbios do sono – insônia, sonambulismo, agitação noturna.
  • Transtornos emocionais – ansiedade e depressão são comuns.
  • Fadiga intensa – cansaço mesmo após descanso.
  • Problemas intestinais – como constipação.
  • Déficits cognitivos – dificuldades de memória e concentração, podendo evoluir para demência.Atualmente, não existe um exame definitivo para diagnosticar o Parkinson. Por isso, reconhecer sintomas precoces pode fazer toda a diferença no tratamento e na qualidade de vida do paciente.

 

Parkinson: sintomas incomuns ganham destaque

Além dos tremores, o Parkinson pode apresentar sinais menos conhecidos, como a perda do olfato. Especialistas alertam para mudanças sutis que antecedem o diagnóstico, incluindo distúrbios do sono e alterações no humor. Reconhecer esses sintomas precoces pode antecipar o tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Clique aqui para saber mais.