A Necessidade da Oração em Tempos Difíceis

A Necessidade da Oração em Tempos Difíceis
De Joelhos, mas de Pé O poder da oração na construção da coragem Por Professor Roque Cortes Pereira
Publicado em 14/04/2025 às 10:11

De Joelhos, mas de Pé – Novo Livro breve nas livrarias.

O poder da oração na construção da coragem

Por Professor Roque Cortes Pereira

Às vezes, a vida parece uma tempestade, aquelas que chegam de repente, com nuvens escuras e ventos furiosos, não é? A sensação é de que estamos à deriva, sem um lugar seguro onde nos ancorar. E, em momentos como esse, a oração se transforma em um verdadeiro refúgio. Não apenas um ato religioso, mas um espaço sagrado, íntimo, onde encontramos paz e conforto, mesmo quando tudo ao nosso redor parece desmoronar.

Lembro-me de um período particularmente difícil que passei, quando perdi um ente querido — alguém que estava sempre presente em meus melhores e piores momentos. O vazio deixado pela sua partida parecia um abismo, uma escuridão tão densa que eu mal conseguia respirar. Foi nesse momento que a oração se tornou essencial para mim. Não era uma simples repetição de palavras; era um chamado profundo à paz, um clamor que ecoava dentro de mim, me levando a essa conversa honesta e crua com Deus. Era como se, ao fechar os olhos, eu pudesse, de alguma maneira, sentir os braços de meu amado ao meu redor uma última vez.

E essa experiência não é única. Muitas pessoas vivem crises pessoais e encontram consolo nesse abrigo que é a oração. Observamos isso nas conversas informais, nas trocas de experiências: há aqueles que falam de como orar durante uma separação dolorosa lhes trouxe um novo sentido de esperança. Outros mencionam que, em momentos de dúvida sobre a carreira, subir em silêncio e orar antes de tomar uma decisão importante se tornou uma prática reconfortante — como se aquelas palavras colocadas em oração criassem um espaço de reflexão além da confusão do mundo à volta.

A magia da oração está em sua capacidade de criar um espaço sagrado em meio ao caos. Não se trata apenas de pedir, é sobre ser ouvido, é sobre manifestar a vulnerabilidade humana e buscar, mesmo que fugazmente, algo maior do que nós. A oração provoca uma sensação de alívio, como se cada palavra estivesse levando um pouco da carga atravessada nas nossas almas. É um momento de entrega e conexão. Quando tudo parece desmoronar, voltamos a nos lembrar que, mesmo nas circunstâncias mais adversas, há um caminho — nem sempre fácil, mas sempre possível.

Essa beleza na oração não reside apenas na sua prática, mas também em sua capacidade de nos impulsionar a uma luta mais profunda e pessoal. Cada momento de crise traz uma oportunidade de superação. A oração não resolve magicamente nossos problemas, mas nos ajuda a redefinir nossa relação com eles; permite que enxerguemos a vida sob novas perspectivas, trazendo uma real capacidade de resiliência. Quem sabe, talvez você já tenha sentido essa transformação? É como um milagre sutil que acontece quando deixamos as palavras fluírem de nosso coração — algo profundamente essencial e, ao mesmo tempo, surpreendente.

E, afinal, será que não estamos todos procurando por esse abrigo? Esse lugar onde podemos nos sentir seguros e compreendidos? A oração se revela novamente como um farol, um guia que, mesmo em meio à tempestade, nos ajuda a encontrar a direção. É a porta que se abre para novas possibilidades, onde o reconhecimento da dor é abraçado e acolhido. Portanto, convido você a considerar isso: em momentos de crise, como a sua vida poderia ser diferente se você buscasse esse refúgio? Há um poder indescritível ali, talvez seja o que muitos de nós precisamos para seguir em frente.

Histórias de superação sempre têm um jeito especial de nos tocar. Imagine por um instante a vida de Ana, uma mulher que, após perder o pai, se viu em um abismo de tristeza. Ela sempre acreditou que os momentos mais sombrios eram a prova de que a vida não tinha compaixão. Entretanto, algo inesperado aconteceu. Em meio ao caos emocional, sentou-se em seu quarto, olhou para o céu cinzento pela janela e começou a orar. Não foi uma oração elaborada, mas uma conversa sincera com Deus. O que ela sentiu? Uma paz profunda. Como se aquela conexão a envolvesse com um manto de conforto. A cada lágrima que escorria, havia um alívio que a convidava a recomeçar.