A Arte de Dançar com Leveza a Música da Vida

A Arte de Dançar com Leveza a Música da Vida
A Arte de Dançar com Leveza a Música da Vida Por Prof. Roque Cortes PereiraEnvelhecer é um processo inevitável da existência. Mas aprender com o tempo — e não se tornar refém dele — é uma escolha que revela maturidade, sabedoria e sensibilidade.
Publicado em 04/06/2025 às 11:36

Maturidade: A Arte de Dançar com Leveza a Música da Vida

Por Prof. Roque Cortes Pereira

Envelhecer é um processo inevitável da existência. Mas aprender com o tempo — e não se tornar refém dele — é uma escolha que revela maturidade, sabedoria e sensibilidade.

Com os anos, descobrimos que ficar chato, carregar mágoas e levar tudo para o lado pessoal não é sinal de profundidade, mas sim de resistência ao crescimento. A maturidade nos ensina, antes de tudo, a viver com leveza.

Como bem disse Sigmund Freud:
“Antes de diagnosticar-se com depressão ou baixa autoestima, primeiro certifique-se de que não está, de fato, cercado por idiotas.”
Essa frase nos desperta para a importância de não absorver o peso do outro, de não carregar o que não nos pertence.

Com o tempo, aprendi que as pessoas falam muito mais sobre o que carregam por dentro do que sobre nós. Entendi que nem tudo é pessoal — e que as dores dos outros não devem ser absorvidas como nossas. Essa consciência não apenas alivia o coração, mas nos dá paz para seguir.

Quando somos jovens, choramos por tudo, pois tudo parece uma grande fantasia. Já na maturidade, passamos a valorizar não o tempo em si, mas a intensidade de cada instante, a profundidade de cada encontro, a verdade contida em cada silêncio.

As decepções — inevitáveis — deixaram marcas, sim, mas também abriram meus olhos. Em vez de me destruírem, me reconstruíram. Hoje sei que não estou aqui apenas de passagem: estou aqui para viver com propósito, para contribuir, para evoluir e ajudar outros a evoluírem.

Como disse Carl Jung:
“Quem olha para fora sonha. Quem olha para dentro desperta.”
E é esse despertar que a maturidade oferece. Um olhar profundo para dentro, sem medo do que se encontra, com coragem de transformar.

A maturidade também me ensinou a distinguir com quem dançar e com quem caminhar. Aprendemos a conviver com uns, a sobreviver com outros, e a agradecer por aqueles que caminham conosco em sintonia.

Crescer é, afinal, aprender a dançar todos os ritmos da vida — com leveza, com graça, com alegria. E o mais bonito de tudo: com respeito à própria profundidade. Porque, como diz uma das lições mais duras que a vida me deu, “aprendi com a idade a não mostrar o mar que tenho dentro de mim para quem não sabe nadar.”

E a Bíblia, em sua sabedoria eterna, confirma:
“O coração do sábio inclina-se para a direita, mas o coração do tolo para a esquerda.”
(Eclesiastes 10:2)
Isso quer dizer: o sábio escolhe o caminho certo, ainda que silencioso. O tolo se perde na confusão da superfície.

Assim sigo — com passos conscientes, coração aberto e fé no caminho.
Afinal, como ensinou o Mestre:
“Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos coração sábio.”
(Salmos 90:12)

Prof. Roque Cortes Pereira
Educador, autor, presidente da FUNCLOB, faixa preta de Karatê-Do e Judô, defensor da cultura, cidadania e formação integral do ser humano.