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Entenda como o tipo sanguíneo pode afetar seu risco de sofrer um AVC

Você sabia que o seu tipo sanguíneo pode influenciar o risco de sofrer um AVC (acidente vascular cerebral)? Um estudo recente publicado na revista científica Neurology revelou que variantes genéticas associadas ao tipo de sangue estão relacionadas ao risco de AVC precoce, especialmente em pessoas com menos de 60 anos.
A descoberta vem de uma meta-análise robusta que examinou dados genéticos de 48 estudos internacionais, incluindo mais de 17 mil pessoas que já tiveram AVC e cerca de 600 mil indivíduos sem histórico da doença. Todos os participantes tinham entre 18 e 59 anos, faixa etária em que o derrame cerebral não costuma ser tão comum.
Tipo sanguíneo A está associado a maior risco
De acordo com a pesquisa, pessoas com tipo sanguíneo A apresentaram um risco 16% maior de sofrer um AVC precoce em comparação com outras. Já os indivíduos com tipo O tiveram um risco 12% menor. O tipo B também demonstrou maior probabilidade, com risco 11% superior ao grupo de controle.
Os cientistas ainda investigam por que o tipo A está mais relacionado ao problema, mas acreditam que fatores de coagulação estejam envolvidos.
Pessoas com esse tipo sanguíneo tendem a apresentar maior propensão à formação de coágulos sanguíneos, como ocorre na trombose venosa profunda. Alterações nas plaquetas, no revestimento dos vasos sanguíneos e em proteínas do sangue podem influenciar diretamente esse processo.
O que é o AVC e por que ele preocupa?
O acidente vascular cerebral ocorre quando há uma interrupção no fluxo sanguíneo para o cérebro, o que pode causar danos permanentes, paralisias e, em casos graves, levar à morte. Estima-se que o AVC seja uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como prevenir o AVC?
Independentemente do tipo sanguíneo, hábitos saudáveis são fundamentais para reduzir o risco de AVC. Confira algumas dicas baseadas em recomendações de entidades de saúde como o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Cardiologia:
- Controle a pressão arterial: a hipertensão é o principal fator de risco para o AVC.
- Monitore o colesterol: níveis elevados podem obstruir artérias e prejudicar a circulação cerebral.
- Tenha uma alimentação saudável: priorize frutas, vegetais, legumes, grãos integrais e alimentos com baixo teor de gordura saturada.
- Pratique atividade física regularmente: exercícios ajudam no controle do peso, pressão e colesterol.
- Evite fumar e o consumo excessivo de álcool: ambos estão diretamente ligados ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.
- Controle o diabetes: manter a glicemia sob controle ajuda a preservar os vasos sanguíneos e a função cerebral.
- Faça check-ups periódicos: exames regulares ajudam na detecção precoce de fatores de risco.