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O transtorno que altera a percepção da realidade e afeta milhões no mundo

A esquizofrenia é uma condição psiquiátrica grave que atinge cerca de 24 milhões de pessoas no mundo, o equivalente a 1 em cada 300 indivíduos, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Trata-se de um transtorno psicótico que compromete a maneira como a pessoa percebe a realidade, pensa, sente e se comporta.
Quem convive com a esquizofrenia tende a apresentar reações desconectadas dos acontecimentos externos, podendo demonstrar indiferença, comportamentos incoerentes e isolamento. Esses sintomas afetam não apenas o indivíduo, mas também seu convívio familiar e social.
Como a esquizofrenia se manifesta?
A doença interfere em diversas áreas do funcionamento mental e emocional. Pessoas com esquizofrenia frequentemente sofrem com alterações de afeto, estados de humor negativos como depressão, ansiedade e irritabilidade, e alterações no ciclo de sono e vigília.
Podem ocorrer ainda sintomas como despersonalização (sensação de estar desconectado de si mesmo) e desrealização (percepção de que o mundo ao redor é irreal).
Em termos cognitivos, são comuns déficits na memória, linguagem, atenção e velocidade de processamento.
Muitos pacientes não têm consciência de que estão doentes, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Os sintomas variam bastante, podendo surgir em crises pontuais ou de forma contínua. Classificam-se em dois grandes grupos:
- Sintomas positivos: manifestações novas, como delírios, alucinações, pensamento desorganizado e comportamento bizarro.
- Sintomas negativos: perda de habilidades, como apatia, isolamento, dificuldades de comunicação, perda de iniciativa e prejuízo nas relações sociais.
Diagnóstico, causas e prognóstico
De acordo com o DSM-5, o diagnóstico de esquizofrenia requer que os sintomas persistam por no mínimo seis meses, com pelo menos um mês de manifestações intensas.
É necessário apresentar dois ou mais sintomas durante esse período, sendo obrigatória a presença de delírios, alucinações ou fala desorganizada.
Para que o diagnóstico seja confirmado, os sintomas não podem ser explicados por outro transtorno ou pelo uso de substâncias. Além disso, é preciso haver impacto significativo no funcionamento diário, como nas relações, no trabalho ou nos cuidados pessoais.
As causas da esquizofrenia ainda não são totalmente compreendidas. Acredita-se que haja uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicossociais.
Apesar da gravidade, alguns pacientes podem alcançar a remissão completa dos sintomas. Outros vivenciam fases alternadas de melhora e recaída ou uma piora gradual ao longo do tempo.