8 dicas para se destacar na redação da Fuvest 2026

A concorrida prova da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), principal porta de entrada para os cursos de graduação da Universidade de São Paulo (USP), anunciou algumas mudanças significativas.
As alterações valem para os candidatos que irão ingressar no ensino superior em 2026 e estão alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Um dos principais ajustes informados diz respeito à prova de redação, aplicada na segunda fase. O novo modelo irá explorar as habilidades elencadas em Linguagens e suas Tecnologias. Assim, o candidato poderá elaborar uma redação de mais de um gênero textual, como cartas, manifestos, roteiros, entre outros.
Para o professor de língua portuguesa do Sistema de Ensino pH, Thiago Braga, o novo formato é mais parecido com o aplicado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), se afastando do modelo de redação solicitado pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“A Fuvest se diferencia dos outros vestibulares não por solicitar propostas de intervenção, mas por exigir profundidade, originalidade e capacidade de articular diferentes áreas do conhecimento em torno de temas amplos e de relevância social”, comenta.
De olho no candidato que irá prestar o exame, a Catraca Livre selecionou 8 dicas para se destacar na redação da Fuvest 2026. Confira abaixo:
8 dicas para se destacar na redação da Fuvest 2026
1 – Conheça a prova
“Diferentemente de outros vestibulares, a Fuvest avalia o desenvolvimento do tema com peso quatro, coerência dos argumentos com peso três e correção gramatical com peso três. Isso exige uma escrita madura, lógica e consistente”, explica Braga. Além disso, o vestibular solicita que o candidato crie um título, o que demanda domínio da proposta.
2 – Treine a produção textual com frequência
É crucial que o candidato não deixe para se preparar para o vestibular na véspera da prova. O ideal é incluir leitura diária de jornais e revistas, prática semanal de redações e análise de textos exemplares desde o início do ano letivo. “No primeiro semestre, o foco deve ser estrutura e repertório. No segundo, aprimoramento da argumentação e simulados intensivos”, afirma.

3 – Crie um planejamento efetivo
Uma das técnicas que vêm apresentando melhores resultados é o “planejamento rápido”. Esse cronograma dever ser dividido em quatro etapas realizadas em até 10 minutos: análise do tema, brainstorming, seleção de argumentos e esboço estrutural. “Esse tempo inicial é crucial para a clareza e coesão do texto final”, destaca.
Além dessa técnica, Braga ressalta a importância da confiança e da voz autoral. “Exercícios de escrita livre, técnicas de respiração e o uso de repertório pessoal ajudam o estudante a escrever com mais segurança e autenticidade”, aponta.
4- Aborde temas em alta
O estudante deve considerar a abordagem de assuntos em destaque na imprensa, bem como que envolvam mudanças climáticas, diversidade e inclusão, saúde mental, no treino de produção textual.
Para desenvolver o pensamento crítico, o professor sugere oficinas práticas com análise de casos reais, simulações de problemas e estudos comparativos entre o Brasil e o contexto internacional. “Essas temáticas, além de recorrentes, despertam reflexão e exigem que o aluno questione causas, consequências e soluções”, afirma.
5 – Tenha um bom um repertório e organize as informações de maneira estruturada
A técnica do “mapa conceitual” —ferramenta visual para organizar e representar informações de forma hierárquica, mostrando a relação entre conceitos e ideias– pode ser usada para conectar temas atuais a obras literárias, filmes e conhecimentos de áreas como sociologia e psicologia.
O professor recomenda o uso de repertórios no texto em camadas — dados locais, nacionais e globais — e a prática de analogias e paralelos históricos. “A chave para transformar uma exposição de informações em argumentação é a cadeia causal, ou seja, causas geram efeitos, que podem virar novas causas. Isso dá solidez ao texto”, explica.
6 – Faça simulados e participe de oficinas de estudo
Simulados de vestibulares aplicados em anos anteriores são essenciais para um estudo eficaz. “Planejamento, coesão e domínio do tempo são treináveis. A prática regular reduz a ansiedade e automatiza o processo de escrita”, comenta.
Mas, neste sentido, é crucial que o estudante acompanhe toda a correção, pois será por meio dela que ele irá compreender onde está cometendo possíveis erros. pessoal do estudante.
7 – Fique atento aos principais erros
Para, de fato, aprender é fundamental que o estudante fique atento aos principais erros cometidos na redação, como fuga do tema, parágrafos desconexos, excesso de exposição e problemas gramaticais. Para evitá-los, recomenda-se o uso de checklists personalizadas, leitura em voz alta e um banco de expressões alternativas.
8 – Veja a prova como um meio para a conquista do objetivo
Segundo o especialista, é importante que o candidato compreenda e lembre-se de que a redação da Fuvest é uma oportunidade, não um obstáculo. “Com planejamento, repertório e treino, é possível escrever com clareza, confiança e profundidade. No dia da prova, respirem fundo, leiam o tema com atenção e confiem no caminho percorrido até aqui”, finaliza.